Valeu meu Zaca!

Pela primeira vez na história do carnaval paulistano o Acadêmicos do Tucuruvi brigou pelo título. Foi emocionante!

Algumas escolhas nos acompanham pelo resto da vida. No meu caso escolhi o Corinthians como meu time do coração, Pink Floyd como a minha banda preferida e o bairro do Tucuruvi como o melhor lugar do mundo para se viver.
Como o nome do blog sugere, o samba também faz parte da minha vida.
E desde 1987, com apenas 6 anos - quando pela primeira vez entrei na quadra do Acadêmicos do Samba do Tucuruvi para comemorar o acesso daquele ano com meus pais – fiz mais uma escolha.
Os anos se passaram e eu acompanhava o Zaca (apelido da escola, uma alusão a Os Acadêmicos do Tucuruvi) em todos os momentos, inclusive em 1995, 1996 e 1997 quando a escola disputou o carnaval de São Paulo no grupo de acesso.
Não me sai de cabeça o desfile de 1994 do samba das Calçadas Musicais de Noel Rosa. Na ocasião nosso carro abre alas quebrou na concentração e não entrou na avenida. Os integrantes da alegoria arrancaram o letreiro TUCURUVI e desfilaram a pé, mostrando ao público o nome da escola. É claro que nesse ano fomos rebaixados.
A primeira alegria ocorreu em 1997, quando ficamos em segundo lugar e voltamos ao grupo especial junto com o Camisa Verde e Branco, campeão daquele ano. Lembro que fui à quadra e tomei todas... Só festa!
De lá pra cá o Zaca nunca mais caiu. Aliás, o verbo cair sempre fez parte do vocabulário daqueles que como eu amam o Zaca.
Em 1998 ficamos em último, mas não havia rebaixamento. Já em 1999 com o samba sobre Santa Catarina ficamos em sexto lugar (a melhor colocação até hoje).
Nos anos seguintes nenhuma posição relevante, apenas a eterna luta contra a “série B” do samba paulistano.
E de repente algo novo aconteceu no Zaca. Esse ano, com o samba que homenageou São Luis do Maranhão o Acadêmicos levantou na avenida e terminou o desfile como uma das candidatas ao título.
No dia da apuração, uma surpresa ainda maior foi ver a equipe de TV Globo na quadra da escola, algo que nunca havia acontecido. Nos primeiros sete quesitos o Zaca tirou nota máxima e estava na ponta ao lado do Rosas de Ouro e da Mocidade Alegre.
No quesito evolução veio a decepção. Com duas notas 9, uma 9,5 e mais duas 9,75 o Acadêmicos, que ainda tirou 10 em Comissão de Frente (o último quesito), ficou em oitavo lugar.
Pela primeira vez na vida torci por um título do Zaca, algo inédito para mim e todos aqueles que gostam da escola.
Até essa última terça-feira nunca havia imaginado chegar tão longe com o Zaca. Tenho certeza que se ficássemos pelo menos para o desfile das campeãs a Avenida Mazzei ficaria parada para tanta comemoração.
No final foi como ver o Coringão perder um título.
Mas como bom torcedor, fiel que sou, seguirei firme acompanhando meu Zaca.“Alô bateria, agita meu povo, olha o Gafonhoto vem aí de novo”