segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Corinthians x Lusa - no setor do inimigo


Até sexta, dia 06/02, eu não assistiria ao jogo do Corinthians contra a Lusa, não assistiria. Nesse mesmo dia mudei de ideia e durante meu horário de almoço fui ao Pacaembu comprar meu ingresso. Só pra variar um pouco encontrei com mais de 15 cambistas (só a polícia não os encontra) que me ofereciam ingresso da arquibancada principal. Logo pensei, os ingressos que custam R$ 20 já se esgotaram.
E foi o que aconteceu. Sobraram apenas entradas para tobogã nos mesmos R$ 20, numerada e arquibancada especial que custam respectivamente R$ 100 R$ 70.
Decidi então comprar meu ingresso no setor da Lusa, isso mesmo pela primeira vez na vida ficaria do lado oposto assistindo o Coringão.
Chega sábado, me dirijo ao estádio e vou para o setor dos visitantes.
Que maravilha! Sem fila para entrar, até os policiais lá são mais cordiais, lanchonete e banheiros vazios, uma beleza.
Mesmo longe da Fiel confesso que me senti em casa, pois o sotaque dos portugueses me fez lembrar minha bisavó, a saudosa Vó Maria.
Alguns gritos dos lusitanos arrancaram grandes gargalhadas, como por exemplo: "Não é mole não, a vida inteira me chamando de patrão".
Não imaginava que a torcida da Lusa odiava tanto o Corinthians, nesse quesito são iguais a são-bambinos, porcos e as múmias. Os xingamentos rolavam a todo vapor. Durante os 90 minutos eles xingaram todas as gerações do corintianos possíveis.
A partida não estava lá essas coisas, o Corinthians até pressionava mas não levava grande perigo à meta Portuguesa. Ainda no primeiro tempo começou a chover.
Como o lado inimigo estava vazio, subi mais cinco ou seis degraus e não tomei um pingo de chuva.
Veio a segunda etapa e aos quatro minutos o juiz para a partida.
Nunca vi nada parecido, foram com certeza 50 minutos de chuva forte sem interrupção, mas eu seco, seco só acompanhando a peleja. A luz também acabou. Tudo parecia resolvido, o jogo estava suspenso e continuaria outro dia.

Fiquei no estádio, tomando um chá mate e ouvindo as notícias pelas rádios. Muitas desinformações ao torcedor, uns diziam que a partida continuaria no domingo as 15h (impossível, pois Palmeiras e Santos jogariam no Palestra) outros que seria marcada uma nova data com portões abertos. O sistema de som anunciou o encerramento da partida e metade do estádio foi embora. As organizadas saíram, retiram as bandeiras e faixas. Mas voltaram depois.
As 18h45 ouço que o juíz subiria ao gramado as 19h para verificar se haveria condição de jogo. Foi o que aconteceu, as 19h35 o jogo recomeçou, a Lusa aproveitou um contra-ataque e marcou com o centro-avante Cristian. O Corinthians pressionou e empatou com um petardo de Otacílio Neto. Fim de partida! Até que enfim, cheguei as 16h20 no Pacaembu e só fui embora as 20h30.

Um jogo que não sairá da minha memória, vi a Fiel de frente e sem poder estar lá fiquei impressionado com o barulho e pressão que é imposta pela massa alvinegra.
Aos portugueses peço desculpa pela invasão e agradeço a recepção.
Legenda das fotos:
1ª imagem - antes da chuva
2ª imagem - durante a chuva
3ª imagem - depois da chuva

Pobre Botafogo-SP

Ontem garfaram o Botafogo no jogo contra o Tri-Campeão Brasileiro: o São Paulo.
Poxa, ninguém vai comentar nada? Não lerei nada com a palavra "apito-amigo"?
Erro a favor do São Paulo não é tão comentado porque?
Isso prova o que todos nós já sabemos, essa imprensa é parcial e transferível. Falta é falta, pênalti é pênalti, gol anulado é gol anulado. Mas a favor do tricolor a repercussão é menor.
Vou acreditar que é porque a torcida é menor, o apelo é menor, porque talvez não tenha tanta graça ou polêmica questionar arbitragens nos jogos do São Paulo.
Segue o ditado:
"De grão em grão a galinha enche o papo, e depois papa o título."
Vamos pensar nisso.

Público na sexta rodada.

Estamos na sexta rodada do Paulistão, e pra variar ninguém vai mais ao estádio do que a Fiel.

07/02/2009 - Corinthians 1 x 1 Portuguesa - 26.466
08/02/2009 - Palmeiras 4 x 1 Santos - 24.515
08/02/2009 - Botafogo 1 x 2 São Paulo - 17.194

Apesar dos caríssimos preços cobrados pela diretoria corintiana a Fiel não desiste e como sempre lidera nas arquibancadas.