sexta-feira, 5 de junho de 2009

Uma tragédia, outras versões

Após mais um confronto entre torcidas na Marginal Tietê, a hipótese de emboscada dos corintianos não é a única versão dos acontecimentos

Na última quarta-feira, dia 03 de junho, antes do jogo que definiu um dos finalistas da Copa do Brasil entre Corinthians e Vasco, "torcedores" dos dois times se enfrentaram na Marginal Tietê.
A pancadaria generalizada resultou na morte de um torcedor corintiano.
A primeira informação era que os corintianos armaram uma emboscada para pegar os vascaínos vindos do Rio, que chegaram pela Dutra e seguiram pela Marginal para chegar até o Pacaembu.
A polícia não descartou um encontro casual das torcidas, mas trabalha com primeira hipótese, pois, além do ônibus de corintianos, mais quatro automóveis munidos de rojões, paus, barras de ferro e armas estavam na confusão.
Porém, hoje, dia 05 de junho, uma nova versão da briga foi levantada. Segundo a jornalista e corintiana Leonor Macedo, que entrou em contato com alguns envolvidos na briga, o ônibus com os corintianos seguia pela Marginal sentido estádio do Pacaembu e foi parado pela PM para averiguação, na altura da Ponte das Bandeiras.
Nesse meio tempo chegou o comboio, escoltado por outros policiais, com a torcida do Vasco.
Aí meus amigos todos nós sabemos o que aconteceu.
Não estou aqui pra defender ninguém, mesmo porque sei como se portam certos torcedores de torcida organizada.
O fato é que uniformazadas ou não um torcedor foi encontrado apenas de cueca, desfigurado e morto na sargeta como se fosse um cachorro.
Isso tem que acabar! Mas, além de cobrarmos ações contra esses vândalos, devemos pedir uma explicação a polícia também. Eles nunca são culpados de nada. Todo e qualquer confronto contra a corporação, segundo eles, é gerado por torcedores.
Porém, em inúmeras vezes, estava em filas para entrar no estádio e os homens de farda, sem nenhum motivo agrediram torcedores.
Todos estão errados. Os que vão pra brigar e a polícia sem paciência, mal paga e despreparada.

Muitas câmeras, pouca visão

A quantidade de equipamentos das televisões dentro do gramado impede uma visualização plena do espetáculo do futebol

Na última quarta-feira, dia 03 de junho, fui ao Pacaembu para acompanhar meu Coringão. Como os ingressos estão com preços absurdos e não posso me dar ao luxo de gastar R$ 100 numa partida de futebol, fiquei nas arquibancadas do estádio.
Ficando atrás do gol o espectador não tem o melhor ângulo para assistir a partida, contrário daqueles que assistem ao jogo nas numeradas.
Porém, como tudo o que é ruim pode ficar pior, a visualização do gramado está quase nula. Existe uma quantidade desrespeitosamente grande de câmeras, repórteres e placas de publicidade na beira do campo.
Fica quase impossível ver a linha do gol. Para ver as jogadas nas extremidades do gramado só tendo um pescoço de girafa ou ficando no último degrau da arquibancada.
Mais uma vez está provado que o futebol, dominado pelas emissoras de TV, é feito para os espectadores que ficam em casa. São muitas opções de imagens que dão conforto e a sensação de estar no estádio.
Mas, o torcedor que paga ingresso e quer sentir no local do jogo o calor da partida é cada dia mais mal tratado pelos organizadores.
Os repórteres que estão trabalhando no jogo também atrapalham a visão dos torcedores. Eles ficam debruçados nas placas de publicidade. E não são poucos. Na última partida pude somar uns 15 ou 20 "profissionais" na beira do gramado.
Essa é mais uma contribuição para que pessoas de bem fujam dos estádios e os arruaceiros tomem conta de uma das principais diversões do brasileiro.