quarta-feira, 10 de junho de 2009

São Paulo, seus cidadãos e suas paixões

São Paulo está entre as cinco maiores cidades do mundo. Tem uma frota de aproximadamente 6 milhões de veículos que diariamente entopem as ruas e avenidas da megalópole. Há muitas salas de cinema e teatro. Clubes e parques que incentivam a prática de esportes.
A desigualdade social também está presente nesse mundo chamado São Paulo. Ricos e pobres muitas vezes se esbarram nas vias da cidade.
Existem clubes de futebol que são os mais importantes do país e do mundo. Cada clube tem seus seguidores, a chamada torcida.
E as torcidas levam consigo as características do clube. A história da fundação e seus fundadores, o bairro onde nasceu a paixão, enfim, vários aspectos que moldam seus torcedores.
A burguesia paulistana, muitas vezes preconceituosa e cheia de soberba, tem seu clube. Uma grande instituição, que com uma DOAÇÃO de um terreno PÚBLICO ergueu um estádio e o chama de "seu", quando deveria ser nosso. Não comparecem ao SEU estádio constantamente, afinal a paixão não é pelo clube e sim pelas conquistas do clube. Conquistas muitas vezes obtidas com a ajuda de terceiros, mas encobridas pela imprensa, que também faz parte da elite. Num momento de dificuldade a instituição burguesa fica só, abandonada por seus "seguidores".
O lado dos pobres também tem seu time. Um clube fundado em 1910, por operários sob a luz do lampião no bairro do Bom Retiro. Um time do povo. O povo que sofre com os preconceitos da burguesia. Mas, um povo que tem nesse time verdadeira adoração e não o abandona, em qualquer situação.
A burguesia se considera grande. E quando sai dos arredores de São Paulo é respeitada, afinal vivemos num país de bajuladores e conformados.
Constantemente esses dois lados da sociedade se enfrentam. E como Deus é justo e Fiel o triunfo normalmente acontece para o lado pobre.
Na sua cidade, em seu domínios e muitas vezes em seu estádio quem comanda a festa é a prole, é o operário.
O operário que não se importa com que pensa a burguesia. O operário que ama seu clube mais do que tudo. E é isso que mais incomoda a burguesia, tão respeitada pelo resto da sociedade.
Eles ou elas não se conformam de serem coadjuvantes quando o assunto é a importância e representatividade de seus clubes perante a opinião pública.
A classe operária mais uma vez unida segue rumo à conquista do Brasil.
Que Deus não nos abandone!