quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Participar porque

Clubes sem chances de conquistar vaga na Libertadores, lutam para disputar a Copa Sulamericana, depois desdenham do torneio

O discurso é sempre o mesmo do meio para o fim no campeonato Brasileiro. Os técnicos e jogadores dos clubes que não almejam mais a disputa da Libertadores e os ameaçados de rebaixamento sempre dizem que correrão atrás de uma vaga na Copa Sulamericana.
Desde 2002 - ano da primeira disputa da competição - é assim.
Porém, ao começar o campeonato os clubes brasileiros deixam a seriedade e o profissionalismo de lado e escalam seus times reservas.
Flamengo e Fluminense disputarão uma das vagas para a próxima fase e já disseram que não utilizaram sua força máxima.
A exceção foi o Internacional ano passado. Os cholorados de Porto Alegre levaram o título ao bater na final o Estudiantes (ARG).
Agora eu me pergunto o porquê de participar do torneio se não há interesse em vencê-lo?
Talvez a desculpa de buscar uma vaga na Copa Sulamericana sirva como prêmio de consolação às torcidas.
Diferentemente dos brasileiros, os clubes argentinos sempre disputam o torneio para ganhar.
San Lorenzo, Boca Juniors (duas vezes) e Arsenal de Sarandi já levantaram o caneco para os hermanos.
A Copa Sulamericana não tem o prestígio da Libertadores, e isso é óbvio. Entretanto, dá ao vencedor uma bela quantia em dinheiro.
Em 2009 o Corinthians não disputará o torneio, mas acredito que para um clube que ainda não ganhou nenhum título sulamericano seria importante utilizar a Copa Sulamericana como laboratório, enfim, acostumar-se a disputar jogos contra as equipes de fora nas situações mais adversas que conhecemos.
Em 1998 o Palmeiras ganhou a Copa Mercosul, que corresponde a atual Sulamerciana, e no ano seguinte foi campeão da Libertadores.
O mesmo aconteceu com o Internacional que em 2005 chegou à semi-final contra o Boca Junior e perdeu, mas, adquiriu experiência e em 2006 venceu a Libertadores.
Acho que a Conmebol deveria obrigar os clubes a disputar o torneio com sua força máxima. E os brasileiros deveriam ser mais profissionais e disputar com vontade a competição.

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