Três mil argentinos cantaram sem parar e deram uma lição de como deve se comportar uma torcida num estádio de futebol
Todo espetáculo tem seu público. Nas partidas de tênis, filmes nos cinemas e peças de teatro os presentes devem se manter calados. Qualquer manifestação é aceita nos intervalos.
Em jogos de vôlei, disputados em ginásios a barulheira é permitida, porém, desde que você mantenha-se sentado. Da mesma forma no basquete, em provas de natação e atletismo.
Talvez, o único esporte que a presença do público faz parte do espetáculo é o futebol. E ontem, num Mineirão morno, os pouco mais de três mil argentinos ensinaram à torcida do Cruzeiro como se portar num estádio.
As 61 vozes mineiras não apoiaram seu time em NENHUM momento. Somente após o gol de Henrique gritavam um pouco. É uma característica de 90% das torcidas brasileiras, só incentivar quando o time está ganhando.
Quando o jogo estava 2 a 1 para os hermanos o Mineirão emudeceu de vez. Os cruzeirenses ingratos se animaram apenas para gritar "RAÇA".
Enquanto nas gerais do estádio os argentinos, apaixonados e fieis que são aos clubes, cantavam SEM PARAR.
Não é a toa que eu sempre escrevo aqui no blog que no Brasil não há nada comparado a torcida do Corinthians. Um bando de loucos que invadem os estádios e incentivam os 90 minutos. Como dizem os uniformizados da torcida Pavilhão 9 - Arquibancada é coisa séria!
Talvez os cruzeirenses aprendam como se faz no domingo, quando - tenho certeza - a torcida corintiana mais uma vez invadirá o Mineirão.
quinta-feira, 16 de julho de 2009
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