quinta-feira, 12 de março de 2009

Lalá e a música do futebol

Hoje o trânsito na cidade parece estar complicado, o interessante é conversar com as pessoas e todas dizerem a mesma coisa "está um inferno o trânsito hoje, hein?". As pessoas chegam atrasadas e parece que não existe uma justificativa concreta, uns já dizem "Ninguém sabe o porque, agora é todo dia assim". Mas o trânsito tem lá suas compensações, ouvir música é uma delas. Curto ouvir rádio no carro, aliás o único lugar que ouço rádio. Música, notícias e, dependendo do dia e horário, até um joguinho de futebol.

Outro dia, ouvindo uma música do Lamartine Babo me lembrei que é dele a autoria dos hinos dos principais clubes do Rio de Janeiro e é de Lupicínio Rodrigues a autoria do empolgante hino do Grêmio. Lembrei também que este blog tem no título o futebol ligado à música e onde é que esses dois temas, música e futebol, se tornam símbolos senão no hino do clube. Cantado de peito aberto nas vitórias, mas também lembrado nos momentos de tristeza, frases cantaroladas quase que inconscientemente. Símbolo de reconhecimento e pertencimento social o hino é uma tradição tal qual o hino de uma nação.

De todos os hinos que conheço, não são muitos, a maioria ouvidos num antigo LP do meu pai, um que me chamava a atenção era Celeiro de Ases, pomposo nome do hino Colorado. Claro, o hino Celeste também é bonito, mas não há como competir com os hinos dos clubes do Rio, em especial o do Ameriquinha, aliás, clube de coração de Lamartine, o Lalá. Hei de torcer, torcer, torcer...

P.

Um comentário:

  1. Eu sou um verdadeiro fa de hinos de futebol meu amigo Paulo Sabino, tenho cerca de 150 entre nacionais e internacionais. E destaco dos de fora os hinos do Valencia e do River Plate. E com relacao a sua bela escolha do Celeiro de Ases, hino que nao representa somente uma nacao mas sim uma raça, a raça negra. Pois o Nelson Silve que compos o hino era um jovem carioca flamenguista negro quando veio morar em Porto Alegre e alguns meses depois de sua chegada o Flamengo veio enfrentar o Gremio na capital gaucha, como bom torcedor ele foi assistir o jogo mas foi barrado na portaria do estadio devido a sua cor ja que negros eram proibidos inclusive de andar na calcada gremista e ele foi embora muito chateado e passando pelo estadio do Inter foi acolhido pela massa colorada pois chorava copiosamente desse episodio nasceu seu amor pelo Sport Club Internacional e com esse sentimento fez o hino. Lembrando que depois disso ele esqueceu o Flamengo e virou um fervoroso torcedor colorado, e claro, secador do Gremio.

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