domingo, 15 de fevereiro de 2009

Triste evidência de um clássico

Ouvi o jogo na voz do locutor alegria da Rádio Inconfidência, Paulo Azeredo.
Me pareceu evidente a superioridade celeste no primeiro tempo, assim como é evidente que um clube, cuja campanha no ano anterior lhe rendeu a vaga para Libertadores, deve manter sua base de jogadores, seu técnico e, mesmo necessitando vender um ou outro jogador, faça contratações a altura das suas pretensões.
Do outro lado ficou evidente que um clube endividado, com uma crise que culminou na renúncia de seu presidente, problemas administrativos que se arrastam e que há muito não faz uma campanha acima de mediana no cenário nacional, tendo inclusive amargado uma temporada na segunda divisão, não conseguiria um resultado satisfatório apesar da raça de seus jogadores de dos rugidos de seu técnico.
Evidente também que em clássico não se pode brincar e por pouco a raposa não saiu com o rabo entre as pernas devido a falta de objetividade de seus jogadores ao final da partida.
O Cruzeiro dominou boa parte do primeiro tempo, indo para os vestiários com a vantagem de 2 a 0. Expulsões, reclamações do juiz de ambos os lados e até invasão de campo. Parecia evidente que o Atlético não resistiria a Ramirez, Soares e companhia que pareciam não se importar com os gols perdidos numa clara evidência da displicência dos jogadores estrelados.
Após o pênalti sofrido pelo valente Carlos Alberto e convertido pelo artilheiro do campeonato, Diego Tardelli, ficou evidente que o Atlético tinha raça para empatar o jogo, mas, aos 43 min., Marcio Araújo, para felicidade da China Azul, perdeu a última chance clara do gol atleticano.
Evidente que Leão reclamaria do juiz, assim como ficou evidente que Adilson Batista tem um elenco de qualidade, não só no campo, como no banco.

O Cruzeiro segue líder do Mineiro e na manutenção dos 100% de aproveitamento no ano. Na quarta enfrenta o Estudiantes no Mineirão na estréia da Libertadores.

Triste evidência foi a morte a tiros de um torcedor atleticano, além de um menor ferido, em Belo Horizonte, que mostra que a violência no futebol ainda é evidente, talvez não tão evidente para as autoridades, responsáveis ou demais envolvidos, além dos próprios torcedores assassinos que evidentemente se protegem na impunidade de seus crimes. Gostaria, como todos aqui, de escrever somente sobre as alegrias da vitória de seu clube, mas, infelizmente, não dá para ignorar um fato como esse, que sem dúvida deixa o final de domingo um pouco mais triste.

P.

Um comentário:

  1. Paulo, é lamentável saber dessas notícias e o mais triste é constatar que é um tremendo risco assistir jogos nos estádios, principalmente os clássicos. Também no domindo, torcedores de São Paulo e Corinthians se envolveram em briga com a polícia, que demonstra estar despreparada à conduzir o público na saída de forma tranquila. Parece até outra torcida organizada. O que aparentava ser um domingo tranquilo, até em função da menor quantidade de torcedores do Corinthians no estádio, acabou em mais um confronto para engordar as estatíscas de violência. Lamentável
    Alexandre

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